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O Caminho para a Solução Final: A Conferência de Wannsee e o Início do Holocausto
By Peter Longerich. 2016
A história completa da CONFERÊNCIA DE WANNSEE, a infame reunião que deu origem ao Holocausto. A 20 de janeiro de…
1942, quinze importantes figuras nazis chegaram a uma luxuosa casa de campo em Wannsee, nos arredores de Berlim. Convidados por Reinhard Heydrich, conhecido como o carrasco de Hitler, o propósito da reunião era decidir a «Solução Final paraa Questão Judaica» na Europa. De acordo com a única cópia da ata da reunião de que temos conhecimento, a ordem de trabalhos incluía a definição exata de quem seria eliminado, a discussão sobre como mais de onze milhões de pessoas deveriam ser deportadas e submetidas a duras formas de trabalho forçado e, por fim, o debate sobrecomo os sobreviventes seriam mortos. Neste livro, Peter Longerich, um renomado historiador especialista no Holocausto, analisa e faz uma contextualização precisa da ata da reunião, realçando a obscenidade que caracterizou o esforço nazi na sua «Solução Final». «Um relato minucioso que oferece uma perspetiva única dos objetivos sanguinários do regime nazi.» The Wall Street Journal «Uma análise brilhante da Conferência de Wannsee.» Robert Gellately, autor bestseller internacional«Colocar a Conferência de Wannsee no contexto do desenvolvimento geral do Holocausto não é uma tarefa fácil, mas Peter Longerich, um historiador de renome mundial, fá-lo com mestria.» The Daily Telegraph «Uma análise bem fundamentada da reunião que determinou várias decisões importantes sobre o extermínio dos judeus.»Kirkus Reviews «Um relato sóbrio e meticulosamente preciso.» The Times of Israel «Um livro notável pelos seus pormenores e profundidade, indispensável para qualquer pessoa interessada no Holocausto.»Jewish ChronicleOs Suicidas
By Antonio Di Benedetto. 1999
Romance que encerra a «Trilogia da Espera» — iniciada com Zama e continuada com O Silencieiro —, Os Suicidas, de…
Antonio Di Benedetto, prolonga, com a sua arte da precisão e da ironia, esse solilóquio narrativo que se propõe representar o mundo e a impossibilidade de nele viver, e que constitui um dos apogeus da Literatura do século XX. Um jornalista, figura egocêntrica, melancólica e pouco apreciada pelos demais, assíduo frequentador de cinemas e de encontros de boxe, é incumbido de escrever uma série de crónicas sobre os suicídios que têm ocorrido na cidade. Com Marcela, a fotógrafa, embrenha-se no seu trabalho de investigação, que tem tanto de policial como de ensaio antológico sobre esse acto misterioso e derradeiro, e acaba por se isolar quase masoquistamente na sua obsessão, com consequências para a sua vida familiar e amorosa: há mais de uma dezena de suicidas na família, incluindo o seu pai, que se matou aos trinta e três anos, idade que o protagonista está em vias de completar. À medida que a data fatídica se aproxima, uma questão torna-se premente: será o suicídio hereditário? «Leitor ardente de Dostoiévski, Di Benedetto sentiu-se naturalmente compelido a escrever sobre estados extremos — obsessão, delírio, agressão selvagem.» The New YorkerVida e Morte (Monja Coen)
By Monja Coen. 2020
Como o budismo zen pode ajudar a entender a vida, a lidar com a morte e a superar as crises.…
Uma das mais populares figuras do budismo ajuda-nos, através de um conjunto de ensaios sagazes e histórias tocantes, a perceber a morte e a viver plenamente. Como aceitar a morte? Os vivos e os mortos comunicam entre si? Qual é a melhor forma de viver o luto, entender a vida, e aceitar as aflições e as crises? Da autoria da Monja Coen, este livro tenta responder a essas e a muitas outras questões. Ao abordar o tema da morte, incide também, e por essa mesma razão, na vida: uma passagem que pode ser tranquila e agradável, uma caminhada, uma peregrinação sagrada. Para que o caminho seja leve e suave, precisamos de atitudes, gestos e palavras que nos inspirem a continuar a jornada. Este livro abre essa porta, encorajando a viver com plenitude e a apreciar cada etapa da existência. Depois, que cada um de nós saiba inspirar os outros com o exemplo coerente dasnossas vidas e atitudes, palavras e gestos, pensamentos e ações.Segredos de Guerra: O Testemunho Poderoso de Uma Mulher Alemã Durante a Segunda Guerra Mundial
By Svenja O'Donnell. 2020
Que segredos obscuros se escondem por detrás do silêncio das mulheres que sobrevivem à guerra? Inge, a reservada avó da…
autora, Svenja O’Donnell, nunca falou sobre o seu passado. Tudo o que a família sabia é que ela crescera numa cidade que já não existe — Königsberg, na Prússia Oriental, hoje um lugar praticamente desconhecido —, de onde fugiu com a família perto do fim da Segunda Guerra Mundial, para nunca mais voltar. Mas tudo muda quando Svenja decide visitar essa localidade, agora conhecida como Kaliningrado, e telefona à avó. Nesse momento, algo faz quebrar a reserva de Inge, que começa finalmente a falar. Svenja reconstrói então a notável vida da avó, desde a ascensão nazi até aos brutais anos do pós-guerra, revelando uma história de amor, traição, terror, fuga,fome e violência. E, finalmente, descobre um terrível segredo com mais de 60 anos. Segredos de Guerra ouve as vozes que muitas vezes faltam na nossa narrativa histórica— as de mulheres que enfrentaram terríveis desafios na guerra e que se remeteram ao silêncio. É um livro que nos faz igualmente refletir sobre a identidade alemã e o trauma herdado após a Segunda Guerra Mundial. «O ponto de vista que diferencia este livro é a visão abrangente do sofrimento alemão. A vida de Inge ilustra o facto de as mulheres arcarem em silêncio com o fardo da tristeza gerada por eventos que fogem ao seu controlo.» The Telegraph «Um relato excecional que transforma uma tragédia privada numa história universal de guerra e sobrevivência.» Publishers Weekly «Por vezes tocante e surpreendente, a narrativa de Svenja O’Donnell oferece uma visão honesta de como a força, a fraqueza e a resiliência podem moldar quem somos e quem nos tornamos. Um acrescento bem-vindo às memórias da Segunda Guerra Mundial.» Library Journal «Um testemunho emocionante e esclarecedor, que merece ser amplamente conhecido, que descreve em pormenor as privações que os cidadãos alemães enfrentaram durante a guerra e uma parte sombria da história dinamarquesa.» Booklist «Uma narrativa vívida, alicerçada numa meticulosa pesquisa, que oferece um relato incisivo e multifacetado de traumas familiares, dos perigos do nacionalismo e do antissemitismo, e da situação dos refugiados.» Publishers Weekly «Um livro de memórias de guerra que não apenas traça o caminho de sobrevivência de uma família, como analisa corajosamente os horrores herdados de um conflito que marcou uma nação. Svenja escreve com uma clareza impressionante e uma profunda empatia pelas mulheres que normalmente são esquecidas da História: aquelas cujas vidas são destruídas pelo trauma da guerra e silenciadas pela paz que se lhe segue.» Irish Times «Livros sobre a Segunda Guerra Mundial — e há tantos — tendem a concentrar-se em grandes nomes. Menos comuns são os livros sobre o cidadão comum cuja vida foi devastada pela guerra — e ainda menos comuns são os livros sobre o cidadão alemão comum. Através de uma reportagem meticulosa e uma narrativa sensível e convincente, esta torna-se a história emocionante de uma qualquer pessoa que viva numa zona de guerra. Uma história fascinante e importante que se concentra tão firmemente e com tanto pormenor — físico, temporal e emocional — em Inge e na sua família que se torna universal.» Star-TribuneUm curso intensivo sobre viver a vida plena e compassivamente na sombra da morte e da mudança. Por mais que…
tentemos resistir, enquanto vivemos, estamos continuamente perante fins: o fim de uma respiração, o fim de um dia, o fim de um relacionamento e, em última instância, o fim da vida, que é um fardo quotidiano para a maioria das pessoas, ainda que tal não tenha de ser assim. Neste livro luminoso, a monja budista Pema Chödrön partilha a sua sabedoria e oferece orientação para enfrentarmos sentimentos desconfortáveis e aceitarmos as constantes mudanças da vida, abraçando novos começos e preparando-nos para a morte com abertura, em vez de medo. Segundo a autora, se aprendermos a aceitar a imprevisibilidade e a lidar com as emoções mais desafi adoras da vida, estaremos no caminho para a iluminação espiritual e seremos mais destemidos ao enfrentar a morte e o que se seguir, pois, é importante que o lembremos, o modo como vivemos é o modo como morremos. «Um tratado sábio que reflete filosoficamente sobre as transições da vida.» Publishers Weekly «Pema Chödrön é uma luz que guia todos os que procuram crescimento pessoal.» Library Journal «Uma forma de transmitir a sabedoria e a luz ao mundo moderno. Num tempo em que as pessoas gostariam mais de viver na ilusão da certeza, Chödrön lembra aos leitores que devem reconhecer a beleza da imprevisibilidade e que abandonar o controlo de uma realidade que está, e sempre estará, em permanente mutação.» Shelf AwarenessO império às costas: Retornados, racismo e pós-colonialismo
By João Pedro George. 2023
Wiriamu. Descolonização. Compensações. Alcindo Monteiro. Integração. Racismo. Analisar o Portugal pós-colonial é urgente, e João Pedro George entregou-se sem medos…
a essa missão. Entre 1974 e 1981, Portugal acolheu e integrou cerca de setecentas mil pessoas chegadas dos antigos territórios ultramarinos portugueses no continente africano: Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.Numa época como aquela, política, social e economicamente instável, o extraordinário afluxo destes «retornados», como ficariam conhecidos, gerou uma enorme hostilidade em grande parte da população metropolitana, que se apressou a rotulá-los de imperialistas, racistas, colonialistas e reacionários. Muitos dos que regressavam à Metrópole, por sua vez, assumiram-se como críticos encarniçados da descolonização, um discurso que encontrou algum eco - um perigoso eco - em algumas forças políticas extremistas ou radicais, de pendor nacionalista e fascista. Os efeitos sociais e políticos deste súbito acréscimo populacional de 10% tiveram um impacto profundo nas estruturas institucionais do país e na consolidação da sua jovem democracia. Em O Império às Costas, João Pedro George relaciona e explora as diferentes vertentes da descolonização portuguesa, para assim demonstrar, por um lado, que a integração dos retornados foi um dos processos que mais influenciou a atual configuração da sociedade portuguesa, e, por outro, que a herança do colonialismo continua, ainda hoje, a fazer-se sentir na vida cultural, social e política do país. joao pedro george; descolonizaçao portuguesa; pos-colonialismo; historia de portugal; retornados; indemnizaçoes retornados; IARN; alcindo monteiro; racismo em portugalNas teias de Salazar: D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976), entre a esperança e a desilusão
By Paulo Drumond Braga. 2017
A primeira biografia de D. Duarte Nuno de Bragança, o príncipe herdeiro nascido para não reinar. Com testemunhos dos filhos,…
D. Duarte Pio e Dom Miguel, e fotografias do espólio da família. D. Duarte Nuno (Seebenstein, 23 de setembro de 1907 - Lisboa, 24 de dezembro de 1976), duque de Bragança, foi pretendente ao trono de Portugal durante mais de meio século (1920-1976), mas só a partir de 1932, com a morte de D. Manuel II, congregou em seu torno a quase totalidade dos monárquicos portugueses. Sempre apoiou o Estado Novo, esperando que o regime evoluísse, mais tarde ou mais cedo, para a Monarquia. Salazar soube manobrar com extrema habilidade esta questão, nunca fechando portas, mas, em simultâneo, não dando qualquer passo concreto no sentido desejado por D. Duarte Nuno, que, a partir de dado momento, deve ter perdido toda e qualquer esperança de vir a ser rei. Tudo isso, ligado a outros fatores, como a viuvez (1968) e as incertezas quanto ao futuro no Portugal de 1974-1975, agravou um quadro depressivo a que sempre fora atreito. Morreu aos 69 anos, precocemente envelhecido, jazendo em Vila Viçosa.No limiar da História: Renascimento, Reforma e os 40 anos que mudaram o mundo (1490-1530)
By Patrick Wyman. 2021
Neste livro, Patrick Wyman traz à luz um momento decisivo em que a Europa se liberta definitivamente da Idade Média…
e o curso da história é para sempre alterado. Um caminho de conhecimento, de curiosidade insaciável, de experiência e de descoberta que preparou o mundo para um futuro globalizado sem precedentes. Entre 1490 e 1530, o Ocidente renasceu. No limiar da História fala-nos de um período charneira para a história da Europa e do mundo. A massificação da imprensa, a globalização assente na exploração humana, o ensino humanístico, a introdução da pólvora no material bélico e um conflito religioso generalizado tiveram consequências disruptivas a curto prazo e modificariam, para sempre, o mundo em que vivemos. Ao longo de quatro décadas intensas, lançaram-se as bases para o Milagre Europeu: entre a travessia do Atlântico por Cristóvão Colombo e a ignição da Reforma Protestante por Martinho Lutero, ganhava forma o mundo moderno que reconhecemos e em que vivemos hoje. Através das histórias de vida de 10 pessoas reais - de Cristóvão Colombo ao banqueiro Jakob Frugger, Patrick Wyman traz à luz um momento decisivo em que a Europa se liberta definitivamente da Idade Média e a história do mundo é para sempre alterada. Um caminho de conhecimento, de curiosidade insaciável, de experiência e de descoberta que preparou o mundo para um futuro globalizado sem precedentes. Uma história de inovação e de rutura e de como a vontade humana não pode ser contida. «Uma história que merece ser bem recontada - como é o caso de No limiar da História.»Library Journal «Uma excursão rara que faz justiça à história e nos faz querer saber mais… Este não é um livro de História soporífero e académico (…). No Limiar da História é um livro fascinante, uma história cultural e económica ilustrada com política e histórias pessoais.»The National Review «No limiar… é um livro e peras. É, também, a mais rara das surpresas: uma leitura que escolhemos para aprendermos mais e onde acabamos por nos deixarmos embrenhar, deleitados.»Financial TimesO consenso internacional construído em torno do modelo ocidental e sua abordagem civilizacional nas últimas décadas não demorou a mostrar…
sinais de fragilidade diante das crises estruturais induzidas pela pressão por uma globalização injusta. As dúvidas que suscitam a gestão pouco tranquilizadora deste projeto de globalização e as grandes crises globais, como a pandemia por Covid-19 que se alastrou por todas as nações, merecem, no entanto, uma pausa para reflexão aprofundada a fim de melhor compreender esta situação sem precedentes na história humana! Neste ensaio, dou a minha contribuição significativa na compreensão do novo processo civilizacional humano que se tornou um modelo único para todas as nações contemporâneas, de acordo com minha abordagem «geocivilizacional», oferecendo um olhar lúcido e sereno sobre as causas históricas da liderança dos ocidentais.Cuidados Paliativos: Quando Cuidar é um Privilégio
By Ann Richardson. 2021
A morte é um tema inquietante, desconfortável. Ninguém gosta de pensar como será o seu fim de vida, mas todos…
esperamos que seja cheio de paz e tranquilidade, com tempo de nos despedirmos das pessoas que nos são mais queridas. “Cuidados Paliativos: Quando Cuidar é um Privilégio” transporta-nos para os bastidores dos cuidados em fim de vida, descrevendo os esforços dramáticos de enfermeiros, médicos, psicólogos, capelães e outros – incluindo um chef dedicado – que tudo fazem para minorar o sofrimento e a ansiedade de pacientes e familiares. Talvez este livro lhe interesse caso seja curador de alguém que ama. Talvez encontre aqui as respostas caso tenha dúvidas se este é o trabalho indicado para si. Ou talvez este livro lhe interesse porque descreve a humanidade no que tem de melhor. Este livro foi escrito para si. ALTAMENTE RECOMENDADO pela Associação Médica Britânica (2008) "Um enriquecimento do cânone da literatura de narrativas pessoais sobre a doença, a morte e o sofrimento... A simples reflexão sobre o conteúdo sensível e complexo deste livro vai ainda surtir efeito, muito depois da sua leitura.” Fórum sobre Enfermagem Oncológica, Escola Real de Enfermagem "Um livro de fácil leitura, que irá surpreender muitos leitores pela leveza com que o tema é abordado. Um livro reconfortante, cheio de humanidade. Recomendo a qualquer pessoa que se preocupa com a temática ou presta cuidados paliativos a um ente querido em fim de vida." Dr Nansi-Wynne Evans, Médica GenerViagem pelos sete pecados da colonização portuguesa
By Henrik Brandão Jönsson. 2020
Inspirado pela ideia bíblica dos sete pecados capitais, o jornalista e escritor sueco Henrik Brandão Jönsson viaja pelas antigas colónias…
portuguesas, onde o Sol nunca se põe e os pecados nunca dormem. O impacto da expansão marítima e da colonização portuguesa é fortemente sentido ainda hoje. Deixou heranças mais negativas do que aquilo que nos permitimos admitir na história que costumamos contar, e levou muito mais do que "ouro, pimenta e canela". Escrito de uma perspetiva antropológica, este livro serve ao leitor o contraditório, o outro lado da História. Inspirado pela ideia bíblica dos sete pecados capitais, o jornalista e escritor sueco Henrik Brandão Jönsson embarca numa viagem ao mundo das antigas colónias portuguesas para retratar a vida como ela é hoje. Durante a sua jornada, descobre que as ex-colónias serviam como um contraponto ao ambiente conservador da então metrópole, uma válvula de escape onde o sexo, o álcool e o jogo floresciam. Em Goa a droga e a gula dominam; nas casas de jogo de Macau, reinam o dinheiro e a ganância; no Brasil, a preguiça ganha terreno; na ilha paradisíaca de Timor-Leste, a soberba floresce; na sensual Moçambique, vive-se a luxúria; e, na temperamental Angola, a ira alastra-se. Em Portugal, impera a inveja. Separado por muitas léguas marinhas, mas unido por uma língua e um colonizador comum, assim é o antigo império português, onde o Sol nunca se põe e os pecados nunca dormem.Arrancados da Terra
By Lira Neto. 2021
Uma história dos judeus sefarditas. Expulsos de Portugal pela Inquisição, refugiaram-se na Holanda, ocuparam o Brasil e fizeram Nova Iorque…
Com prefácio de Esther Mucznick «É um grande livro, doloroso nalgumas coisas, mas um excelente livro que eu recomendo vivamente.» Paulo Portas Entre os séculos XVI e XVIII, ser judeu em Portugal e respetivas colónias significava viver sob um regime de terror permanente. A Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, constituía um autêntico Estado dentro do Estado, com poderes absolutos na repressão a crimes religiosos, dos quais professar o judaísmo era um dos mais graves. Denunciados por inimigos, ou mesmo por parentes sob a coação dos inquisidores, os judeus que recusavam a conversão sumária eram submetidos a prolongadas prisões e torturas. Insistir no «danado erro» da apostasia levava à fogueira. Restava-lhes esconderem-se ou fugirem. Milhares de judeus sefarditas abandonaram Portugal e fixaram-se noutros países europeus, nomeadamente na Holanda, em cuja capital se desenvolveu uma próspera colónia israelita de origem lusitana nas primeiras décadas do século XVII. A salvo da censura e da repressão, floresceu uma brilhante geração de rabinos, intelectuais e pensadores revolucionários. Depois da invasão holandesa do Nordeste brasileiro, na década de 1630, muitos judeus cruzaram o oceano para aí tentar uma vida melhor. E aí prosperaram, até ao retorno do jugo português e da Inquisição, que os obrigou a recomeçar a sua jornada incessante em busca da Nova Canaã. Dos cárceres do Santo Ofício à esperança do Novo Mundo, o reputado jornalista e biógrafo Lira Neto mapeia as vidas errantes dos pioneiros que formaram a primeira comunidade judaica das Américas, no Recife, e que ajudaram a construir Nova Iorque.A incrível história de António Salazar, o ditador que morreu duas vezes
By Marco Ferrari. 2020
Esta é a história do princípio do fim de um ditador. Uma investigação minuciosa a um período em que a…
realidade superou a ficção: a queda de Salazar - da cadeira, do poder e da vida. Um livro importante e admirável do jornalista italiano Marco Ferrari. A 3 de Agosto de 1968, no forte de Santo António da Barra, António de Oliveira Salazar, líder da mais longa ditadura europeia, preparava-se para arranjar os pés com o seu calista quando, inesperadamente, a cadeira onde se sentara parte-se e o ditador cai redondo, batendo com a cabeça na pedra dura do chão. O período que se seguiu roçaria o insólito, com uma longa e barroca encenação de poder e normalidade até ao dia da morte de facto do ditador. Na sequência da famosa queda da cadeira, Marcello Caetano é chamado a substituir Salazar no cargo de presidente do Conselho. No entanto, num país dividido entre os que apoiavam o regime e os que eram aterrorizados pela mão-de-ferro repressiva da PIDE, a situação semicomatosa de Salazar foi mantida em segredo, inclusive do próprio. Ao longo dos dois anos seguintes, o seu gabinete encenava, diariamente, uma farsa para manter o ditador na ignorância sobre a mais real das quedas: a do poder. Reuniões de conselho e visitas de Estado, entrevistas de rádio e televisão, até uma impressão diária exclusiva do Diário de Notícias - um quotidiano imaginário e escrupulosamente montado para manter na ilusão de poder o líder de um governo autoritário e brutal, responsável pela morte de 22 800 portugueses. Baseando-se nos testemunhos recolhidos dos 20. 000 resistentes presos pela PIDE e das suas práticas implacáveis de terror, Marco Ferrari, escritor e jornalista, devolve à nossa memória colectiva a verdade sobre os dois estranhos anos em que Portugal viveu em coma, com um velho ditador que já não o era. Uma investigação minuciosa a um período em que a realidade superou a ficção: a queda de Salazar - da cadeira, do poder e da vida. Um livro importante e admirável que nos relembra a aversão do poder à mudança e quão ridículo e devastador é o autoritarismo.O consenso internacional construído em torno do modelo ocidental e sua abordagem civilizacional nas últimas décadas não demorou a mostrar…
sinais de fragilidade diante das crises estruturais induzidas pela pressão por uma globalização injusta. As dúvidas que suscitam a gestão pouco tranquilizadora deste projeto de globalização e as grandes crises globais, como a pandemia por Covid-19 que se alastrou por todas as nações, merecem, no entanto, uma pausa para reflexão aprofundada a fim de melhor compreender esta situação sem precedentes na história humana! Neste ensaio, dou a minha contribuição significativa na compreensão do novo processo civilizacional humano que se tornou um modelo único para todas as nações contemporâneas, de acordo com minha abordagem «geocivilizacional», oferecendo um olhar lúcido e sereno sobre as causas históricas da liderança dos ocidentais.O mal sobre a terra: História do grande terramoto de Lisboa
By Mary Del Priore. 2002
«UM LIVRO ADMIRÁVEL.» MIGUEL REAL Uma viagem inédita à Lisboa de 1755 e a um dos momentos mais marcantes da…
modernidade - o grande terramoto de Lisboa de 1755. O acontecimento que mudou o mundo. «O melhor livro em língua portuguesa sobre o terramoto de Lisboa.» Miguel Real O grande terramoto de 1755, em Lisboa, não alterou apenas a aparência da, à época, capital do império português. Este fenómeno brutal da natureza alterou, também, a natureza e a dimensão da relação do homem com o Céu e a Terra. Mais, expôs impiedosamente as tensões que, à vez, alimentavam e minavam a sociedade portuguesa da altura. O fatídico 1. º de Novembro de 1755, dia de Todos os Santos, constitui um dos mais terríficos e fascinantes acontecimentos de todo o século XVIII. A devastação da cidade de Lisboa, a perda de incontáveis vidas, a surpresa e o horror da destruição pelo abalo, primeiro, pela água, depois, e, por fim, pelo fogo, impuseram a subversão da ordem vigente e abriram a porta a fantasmas que povoavam os imaginários mais apocalípticos da época, a começar pela mudança. Com efeito, depois do terramoto, muito, se não tudo, mudaria. Se Voltaire e Kant dedicaram parte do seu pensamento e escritos a este acontecimento, tal não é menos verdade para inúmeros outros, mais ou menos anónimos, que, tendo vivido o horror e o trauma in loco e sobrevivido para contar, deixaram o seu testemunho sob a forma de cartas, poemas e memórias. Foram estes os documentos que Mary del Priore, reputada historiadora brasileira, leu e releu, analisou e esmiuçou, na bem-sucedida empresa de reconstituir a sociedade, a economia, a geografia e, mais importante, a psique lisboeta antes, durante e depois do terramoto. O resultado é uma obra de enorme sensibilidade e pormenor onde nada é deixado ao acaso e que oferece ao leitor uma viagem inédita e de grande cinematografia à Lisboa de 1755 e a um dos momentos mais marcantes da modernidade.História política contemporânea: Portugal 1808-2000
By António Costa Pinto, Nuno Gonçalo Monteiro. 2012
Uma história política indispensável para a compreensão do Portugal contemporâneo. Os últimos dois séculos, correntemente designados por História Contemporânea, estão…
longe de ser bem conhecidos ou de convocar uma memória partilhada dos portugueses. Além de uma imagem remota e difusa do século XIX e dos primórdios do século XX, dividem-se entre ideias fortes sobre a História portuguesa recente, como o salazarismo, a guerra colonial, o 25 de Abril de 1974 ou a adesão à União Europeia em 1986.A história da vida política de Portugal que aqui se apresenta inscreve-se em contextos mais amplos - ibéricos e atlânticos, em particular -, e partilha de cenários globais que marcaram de forma indelével os primórdios da contemporaneidade portuguesa, como as invasões francesas e as independências latino-americanas.Ao longo de cinco capítulos demarcados cronologicamente e sob a coordenação dos historiadores António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, os autores dão testemunho da persistente interdependência dos destinos ibero-americanos, desde o colapso imperial e a revolução liberal, na primeira metade do século XIX, até aos indícios da estagnação económica e às incertezas do projecto europeu no início do século XXI. História Política Contemporânea: Portugal - 1808-2000 nasce de um projecto maior e mais complexo, idealizado pela Fundação Mafre e publicado pela editora Objectiva entre 2013 e 2015, a História Contemporânea de Portugal: 1808-2010. Ao longo de cinco volumes dirigidos a um público alargado e diverso, mais de vinte autores debruçaram-se sobre os aspectos mais marcantes da vida contemporânea do país: a política, a economia, a sociedade, a diplomacia e a cultura. O resultado foi uma das Histórias contemporâneas de Portugal mais importantes da actualidade, um trabalho incontornável tanto a nível académico como de divulgação. Em 2019, a Fundación Mapfre e a editora Objectivavoltam a unir esforços para, com a atenta coordenação e organização dos professores António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, disponibilizar um volume dedicado em exclusivo à história política do Portugal contemporâneo. História Política Contemporânea: Portugal 1808-2000, um projecto conjunto da editora Objectiva, uma chancela da Penguin Random House, e da Fundación Mapfre, conta com a coordenação e organização dos professores António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, ambos investigadores na área de História no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). Este volume conta ainda com a participação dos professores Bruno Cardoso Reis, professor no ISCTE e assessor convidado do Instituto de Defesa Nacional, Paulo Jorge Fernandes e Rui Branco, ambos professores na FCSH- Universidade Nova de Lisboa.Sobre o politicamente correcto
By Manuel Monteiro. 2019
Pelo autor do aclamado Por amor à língua, uma análise lúcida e oportuna sobre um tema fracturante: o Politicamente Correcto…
Manuel Monteiro, autor do aclamado Por Amor à Língua, vira a sua atenção para um tema que muita tinta tem feito correr nos media e nas redes sociais: o Politicamente Correcto e a linguagem a ele associada. O cuidado e o respeito na forma como nos dirigimos ao outro e descrevemos o que nos rodeia são considerados, pela maioria, formas básicas de educação essenciais à boa convivência. A língua evolui com os tempos e ajusta-se a novas realidades, diferentes formas de olhar o mundo, algo natural no processo de transformação civilizacional e social. Mas deverá este processo ser forçado? Serão todas as suas propostas positivas e igualmente defensáveis? Estará o Politicamente Correcto a impor uma visão do mundo, ao invés de nela participar? Serápossível - ou desejável - mudar mentalidades por decreto? Argumentos de ambos os lados são pesados com a ponderação e o humor característicos do autor acerca de um assunto mais complexo do que aparenta e que mexe com o mais profundo da identidade de cada um: o modo como nos expressamos. Em Sobre o Politicamente Correcto, após um aturado trabalho de pesquisa, Manuel Monteiro debruça-se sobre a vertente linguística (e não só) de um dos temas que mais têm apaixonado a opinião pública nos últimos anos: o Politicamente Correcto. Os elogios da crítica sobre Por amor à língua: «Este livro diverte, ensina, corrige, chama a atenção, ilustra, melhora-nos, dá vontade de ler - é um achado. É um elogio da nossa língua. Ninguém se sinta atacado. Estamos sempre a aprender. Bravo Manuel Monteiro(que não conheço) que o escreveu.» Francisco José Viegas «Por Amor à Língua é um livro chocante e salvífico. [#] Manuel Monteiro não está a debater questiúnculas estilísticas - está a lutar contra a maneira como a grande maioria dos portugueses usa a língua.» Miguel Esteves Cardoso, Público «Uma obra em defesa da complexidade e beleza do Português que escrevemos. Missão mais nobre não há.» Expresso «Manuel Matos Monteiro é autor de um notável trabalho de vigilância da Portuguesa língua.»António Jacinto Pascoal, PúblicoSua Eminência Escarlate, Armand-Jean du Plessis de Richelieu
By Laurel A. Rockefeller. 2019
Sacerdote. Amante. Político. Da autora da série de biografias best-seller "Mulheres Lendárias da História do Mundo" ... O cardeal Armand-Jean…
du Plessis, duque de Richelieu, é um dos políticos mais famosos - ou infames de todos os tempos. Tornado um vilão no popular romance de Dumas, "Os Três Mosqueteiros", o homem de verdade era um servidor público dedicado, leal ao rei e ao país. Um homem de lógica e razão, ele transformou a maneira como pensamos sobre nações e nacionalidade. Ele secularizou as guerras entre países, patrocinou as artes em prol do bem público, fundou o primeiro jornal na França e criou a França como o país moderno que conhecemos hoje. Cheio de música de época, dança e muito romance, "Sua Eminência Escarlate" transporta você de volta à corte do rei Luís XIII em todas as suas cores vibrantes e vivas.Um livro de auto-ajuda para superar o luto da mulher, para aprender a lidar com a morte de um ente…
querido, transformar a dor e voltar a receber a vida com alegria.Indo Com o Fluxo: Uma Jornada na Alma com o Jiu Jitsu
By Elena Stowell. 2012
Por o que pareceu ser uma eternidade e provavelmente foi, Elena Stowell vagou sem rumo em uma prisão pessoal de…
insegurança e falta de propósito após a sua filha Carly de apenas 14 anos morrer repentinamente diante de seus olhos. Por uma combinação de milagre e necessidade, ela entrou em uma Academia de Jiu-Jitsu em Seattle e lá rolou pela primeira vez em sua vida. Através desta experiência e de outras que se seguiram, Elena descobriu que os princípios desta forma de arte marcial e da cura eram os mesmos. Com uma honestidade brutal e um refrescante equilíbrio de humor e introspecção, a história de Elena nos lembra a nunca parar a procura de coisas boas dentro de nós mesmos.